Olimpia
Como Olímpia, uma cidade de apenas 50 mil habitantes no interior de São Paulo, conseguiu diversificar a sua economia, que antes era totalmente dependente da agroindústria, gerar empregos e se tornar um exemplo de mudança na administração pública no Brasil? A resposta é simples: apostar no Turismo, uma vocação natural da cidade já que o local é dotado de águas termais e rodeado por áreas verdes.
Para transformar o pequeno polo de turismo regional de 2009 em uma estância que recebe cerca de 3 milhões de visitantes por ano foi preciso planejamento intenso.
A prefeitura contratou uma consultoria para criar um Plano Diretor de Desenvolvimento Turístico para 20 anos, mobilizou a população e melhorou a infraestrutura para incentivar o investimento privado da rede hoteleira e do comércio.
Em 2009, o clube de águas termais da cidade, o Parque Aquático Thermas dos Laranjais — formado por sócios moradores — , já recebia turistas de um raio de 200 km do município, que chegavam em poucos ônibus turísticos e voltavam para suas terras natais no mesmo dia. Naquela época, os hotéis de Olímpia eram antigos e atendiam apenas comerciantes que chegavam na região.
Em 2009, a cidade tinha sete hoteis, quatro pousadas, 42 casas de veraneio e um hotel fazenda, com um total de 687 leitos. Hoje, a rede hoteleira local abriga 14.439 leitos, um crescimento de 2.000%. Há mais 6 mil quartos em construção e outros 6 mil aprovados para iniciar as obras até 2020.
Em número de leitos, Olímpia já supera Campinas, cidade com 1 milhão de habitantes e que abriga o segundo aeroporto internacional de São Paulo. Lá, atualmente, há 5.743 leitos de hotéis e até 2019 o número deve chegar a 7.872, segundo dados do Campinas e Região Convention & Visitors Bureau.
Com uma rede hoteleira pulsante e mais turistas, os diretores do Parque Aquático Thermas dos Laranjais foram a campo buscar inspiração para Olímpia. Viajaram para Caldas Novas, em Goiás, e a parques de Orlando, nos Estados Unidos, onde fica a Disney, para verificar que tipos de atrações poderiam ser adaptadas para a realidade local.
Exame.com
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