Um estudante, de 19 anos, ficou ferido após disparar acidentalmente uma arma de fogo contra sua própria coxa, em Nantes. A pistola, de calibre 22, pertencia ao vereador Carlos Renato Guedes dos Santos (DEM) e estava no interior de seu veículo que, no momento dos fatos, era usado pelo seu filho, um engenheiro civil de 26 anos, amigo da vítima. O caso ocorreu no fim de semana e foi divulgado nesta segunda-feira (18).
Conforme o Boletim de Ocorrência, o rapaz, de 26 anos, saiu de sua residência na condução de uma caminhonete Nissan Frontier, pertencente a seu pai, passou na casa de seu amigo e ambos foram até uma padaria comprar pão. Em seguida, retornaram à casa do condutor do veículo.
No local, o engenheiro civil desembarcou com o saco de pão e o levou para dentro de casa.
Neste intervalo, o outro rapaz permaneceu dentro da caminhonete, onde encontrou uma pistola de calibre 22, de propriedade do pai de seu amigo. O estudante passou a manusear a arma de fogo e a disparou acidentalmente, atingindo a sua coxa esquerda.
O disparo não chegou a ser ouvido pelo amigo da vítima, entretanto, ele a ouviu pedindo por ajuda no portão. O filho do vereador socorreu o estudante até um posto de saúde de Nantes, mas ele foi posteriormente transferido para o Hospital Municipal de Iepê.
O engenheiro civil permaneceu no hospital até a chegada de um investigador da Polícia Civil e foi conduzido à delegacia. A vítima da autolesão foi encaminhada preventivamente para o Hospital Regional (HR), em Presidente Prudente.
A arma de fogo não foi encontrada no interior da caminhonete pela polícia, mas, durante o registro da ocorrência, o vereador e seu advogado compareceram espontaneamente à delegacia e apresentaram a pistola para a devida apreensão.
Conforme o Boletim de Ocorrência, o vereador afirmou que ganhou a arma há vários anos de um primo já falecido. A pistola não possui registro, pois trata-se de uma arma de fogo muito antiga.
Foi aberto um inquérito para apurar os fatos, tendo em vista que o advogado apresentou a pistola espontaneamente, sendo que ela nem havia sido encontrada pelos policiais e, “se as partes envolvidas assim quisessem, teriam escondido ou destruído a arma de fogo, mas optaram em apresentar para a devida apreensão”.
O Boletim de Ocorrência foi registrado como autolesão e localização/apreensão de objeto. No decorrer do inquérito, poderá ainda haver indiciamento por posse ilegal de arma de fogo.
Após receber atendimento médico, o rapaz ferido já foi liberado.
Fonte Osvaldo Bento
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