A dona de casa Márcia Eliana Azevedo, 33 anos, morreu na madrugada de ontem, na Santa Casa de Araçatuba, após complicações decorrentes de cirurgia bariátrica (redução de estômago).
De acordo com o gastroenterologista Walter Pompílio, a paciente, que apresentava obesidade mórbida, foi submetida a duas intervenções cirúrgicas e apresentou problemas pós-operatórios em ambas.
Segundo Pompílio, a primeira cirurgia foi realizada no dia 16 de março para a redução do estômago e transcorreu sem problemas. Entretanto, três dias depois, no domingo, Márcia reclamou de dores no estômago. Em visita à paciente no mesmo dia, o médico constatou uma obstrução intestinal.
Na segunda-feira, no período da manhã, ela foi levada ao centro cirúrgico para ser operada pela segunda vez. Novamente, segundo o médico, o procedimento prosseguiu sem anormalidades. A paciente foi colocada em seguida na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), onde permaneceu em observação até o dia seguinte, na terça-feira.
Nesse dia, ela foi transferida para o quarto, onde permaneceu ao lado de parentes durante todo o tempo. Contudo, segundo o médico, novas complicações pós-cirúrgicas ocorreram. Conforme Pompílio, a paciente teria sofrido uma embolia pulmonar.
A embolia ocorre quando um trombo (coágulo), que está fixo numa veia do corpo, se desprende e segue pela circulação até o pulmão, onde obstrui a passagem de sangue por uma artéria, o que desencadeia desde uma alteração leve na área do pulmão abastecida pela artéria até a morte do paciente. Às vezes, mais de um trombo pode se deslocar, comprometendo mais de uma artéria. "Esse tipo de complicação é uma das que podem ocorrer nessa cirurgia, como também em outros procedimentos de grande porte", afirmou o médico. "Foi uma fatalidade."
Segundo Rita Godói de Azevedo, mãe de Márcia, a filha aguardava a operação pelo SUS (Sistema Único de Saúde) havia quatro anos. Márcia estava com 125 quilos e queria emagrecer para voltar a trabalhar. Ela era formada em magistério, tinha duas filhas, de 16 e 4 anos, e era casada pela segunda vez.
O corpo foi enterrado ontem no cemitério Recanto de Paz, no bairro Rosele. A causa da morte de Márcia é semelhante à da professora Daniela Caprioglio, 31, de Andradina, que morreu em dezembro do ano passado após passar pela mesma cirurgia e apresentar embolia pulmonar maciça.
Na ocasião, a professora foi operada no Hospital da Unimed de Araçatuba pelo médico Walter Pompílio e morreu na UTI. O hospital afirmou em nota que a professora teve morte súbita causada pela embolia. Na época, segundo o hospital, o risco de ocorrer uma embolia pulmonar em pacientes submetidos a cirurgias bariátricas é de 2% a 4%, "mesmo com todos os critérios e cuidados observados nesse procedimento".
Folha da região.
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