Garoto morreu no último dia 15, em Assis (SP). Doença é transmitida por carrapatos e pode levar à morte em poucos dias.
Menino de 8 anos que morreu em Maracaí teve febre maculosa, diz exame, Kauã Francisco dos Santos (Foto: Arquivo pessoal)Um exame do Instituto Adolfo Lutz confirmou que o menino Kauã Francisco dos Santos, de 8 anos, morador de Maracaí (SP) e que morreu no último dia 15, após passar por três unidades de saúde, foi vítima de febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela.
Na ocasião da morte do garoto, familiares alegaram negligência por parte do Hospital de Maracaí, onde a criança recebeu o primeiro atendimento assim que começou a ter sintomas.
A dona de casa Viviane Santos, mãe de Kauã, conta que procurou atendimento duas vezes no Hospital de Maracaí assim que o filho começou a reclamar de dores na cabeça.
Como ele não melhorou, ela o levou até o Centro de Saúde da cidade. O estado de saúde seguiu complicado e ele foi levado novamente para o Hospital de Maracaí.
Cinco dias após o primeiro atendimento, Kauã foi transferido para a UTI do Hospital Regional de Assis, depois do agravamento de seu quadro – ele já não andava, não comia e nem conseguia ir ao banheiro. Após dois dias na UTI, o menino morreu de parada cardiorrespiratória.
Com a confirmação de febre maculosa, a prefeitura de Maracaí anunciou providências para evitar novos casos.
Menino que morreu em Maracaí morava em região próxima a mata e rio, habitada por capivara, a hospedeira do carrapato estrela (Foto: TV TEM/Reprodução)
A primeira delas será sinalizar a região onde Kauã morava, que é cercada de mata e cortada por um rio. A preocupação é que o local possui muitas capivaras, animal que é o hospedeiro do carrapato estrela.
Outra recomendação da prefeitura é que as pessoas procurem os serviços de saúde assim que os primeiros sintomas aparecerem.
O caso do garoto Kauã, somado à morte no último domingo (29) de uma adolecente de 15 anos, moradora de Salto, reacende a preocupação com o avanço da doença no interior paulista.
Assim como o menino de Maracaí, a adolescente de Salto teve um avanço rápido dos sintomas e na piora de seu quadro, o que fez um tio da menina classificar a doença como "avassaladora"
G1
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