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segunda-feira, 25 de março de 2019

BRASIL TEM MAIS DE 70 MIL CASOS DE TUBERCULOSE

O Brasil registrou 72 mil novos casos de tuberculose em 2018, segundo o Ministério da Saúde. No ano anterior, foram 73 mil. Segundo a pasta, a doença tem relação direta com a pobreza e a exclusão social. Entre os novos casos, 10,4% são presidiários, 8,7% pessoas com HIV, 2,5% população de rua e 1% indígenas, considerados de maior vulnerabilidade à doença.
Neste domingo, Dia Mundial de Combate à Tuberculose, o ministério está lançando uma campanha publicitária para chamar a atenção em relação aos sintomas da doença. O público-alvo são homens entre 25 e 40 anos, os mais afetados pela tuberculose, segundo a pasta.
A tuberculose matou 4,5 mil pessoas em 2017 e 4,4 mil no ano anterior, no país. Os números de 2018 ainda não foram divulgados.
Segundos dados da Secretaria Estadual de Saúde, a situação no Rio Grande do Sul também é desfavorável, com altas taxas de abandono de tratamento e baixa incidência de cura. No ano passado, o Estado estava entre os cinco com maiores taxas de incidência em todo o país, sendo que Porto Alegre e Região Metropolitana, com 70% dos casos.
Os principais sintomas são tosse por três semanas, febre vespertida, sudorese noturna, cansaço e emagrecimento, segundo a pasta. Além do diagnóstico precoce, outra preocupação do governo é informar sobre a importância da não interrupção do tratamento, que dura no mínimo seis meses, para que se alcance a cura da doença. Exames para diagnóstico e tratamento para a doença estão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde).
A tuberculose é um problema de saúde pública. Trata-se da quarta causa de morte entre as doenças infecciosas e primeira as entre doenças infecciosas em pessoas com HIV no Brasil. De acordo com a nova classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde), o país ocupa a 20ª posição na lista dos 30 países prioritários para tuberculose.
Segundo a OMS, a tuberculose é uma das doenças infecciosas que mais matam no mundo. Cerca de 10 milhões de pessoas contraíram a doença no mundo, em 2017, e 1,3 milhão morreram. A principal forma de prevenir a doença é por meio da vacina BCG, disponível na rede pública – em UBS e maternidades. Essa vacina deve ser dada à criança, ao nascer, ou, no máximo, até os 4 anos de idade.
Correio do Povo
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