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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

GRUPO ATIVISTA COBRA ‘RESPONSABILIZAÇÃO’ DE MILITARES NA MORTE DE PITBULL EM PRESIDENTE PRUDENTE

O grupo ativista pelo direito animal denominado Rede Proanimal Prudente publicou em uma rede social na tarde desta segunda-feira (20) um texto cobrando a “responsabilização dos envolvidos” na morte de um cão da raça pitbull ocorrida no período da manhã em uma residência na Cecap, em Presidente Prudente (SP), em decorrência de um tiro disparado por um policial militar durante perseguição de um motociclista de 18 anos.
Segundo a publicação feita pela Rede Proanimal Prudente, a família moradora da residência “está em choque pela perda brutal e violenta” do cachorro, “um animal dócil e de apenas 1 aninho”.

“Não se pode admitir abusos, nem falta de respeito por parte da autoridade policial. Atitude dos policiais foi desarrazoada, desproporcional e sem justificativa”, pontua.

Segundo a publicação feita pela Rede Proanimal Prudente, os policiais militares envolvidos na ocorrência “violaram a Declaração Universal dos Direitos dos Animais”.

“Devem ser responsabilizados para que ações assim não sejam naturais e rotineiras na sociedade, eis que rompem o tecido social e nos remete ao Estado de Barbárie o que não é permitido”, salienta.

A publicação lembra que “todos os animais têm o mesmo direito à vida” e que “todo o animal tem o direito a ser respeitado”.
“O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem”, prossegue.

O texto publicado pela Rede Proanimal Prudente ainda cita que o dono do cachorro não soltou o pitibull para avançar nos policiais militares que o perseguiam.

“Ocorre que o cachorro estava em seu doce lar e quando seu dono chegou foi ao seu encontro. Sequer avançou no policial ou deu sinais que o faria. Total despreparo, barbárie. QUEREMOS A RESPONSABILIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS”, conclui a publicação.

Em contato com o G1, a ativista Valéria Ribeiro, que é membro da Rede Proanimal Prudente, confirmou que o grupo endossa a publicação feita na tarde desta segunda-feira (20) em sua rede social.

Ela ainda explicou que a Rede “é um grupo de protetores que luta por políticas públicas e pelo ativismo do direito animal”.

Perseguição policial

Na manhã desta segunda-feira (20), a Polícia Militar perseguiu por ruas e avenidas de Presidente Prudente um motociclista, de 18 anos, que, durante a fuga, transitou na contramão pelas vias públicas por onde passou.

Os policiais seguiram o suspeito até a sua residência, no bairro Cecap.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, o rapaz, depois de entrar em sua casa com a moto, soltou seu cachorro da raça pitbull, que estava preso, e o cão veio na direção dos policiais, que atiraram e mataram o animal.


Também de acordo com o registro policial, durante a perseguição, o condutor subiu em canteiros, transitou pela contramão e cruzou semáforos no sinal vermelho. A fuga começou quando o suspeito notou a presença de uma viatura policial.

Ao ser questionado, o motociclista alegou ter fugido por medo de ser multado, pois estava usando chinelos e a moto estava sem retrovisor.
A moto foi apreendida e o suspeito, depois de ser ouvido, foi liberado.
A ocorrência foi registrada na Delegacia Participativa da Polícia Civil como perigo para a vida ou saúde de outrem e trafegar em velocidade incompatível.

Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que, em atendimento a uma ocorrência de desobediência a ordem de abordagem e direção perigosa, a equipe de policiais, ao conseguir alcançar o rapaz, quando já entrava com a motocicleta no quintal de sua residência, “foi atacada por um cão da raça ‘pitbull’ sendo necessária a utilização de arma de fogo para impedir o ataque do animal”.

A PM ainda reiterou que a ocorrência foi apresentada na Delegacia da Polícia Civil e que o local onde o cachorro morreu foi periciado “para a devida investigação”.

G1
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