Segundo a publicação feita pela Rede Proanimal Prudente, a família moradora da residência “está em choque pela perda brutal e violenta” do cachorro, “um animal dócil e de apenas 1 aninho”.
“Não se pode admitir abusos, nem falta de respeito por parte da autoridade policial. Atitude dos policiais foi desarrazoada, desproporcional e sem justificativa”, pontua.
Segundo a publicação feita pela Rede Proanimal Prudente, os policiais militares envolvidos na ocorrência “violaram a Declaração Universal dos Direitos dos Animais”.
“Devem ser responsabilizados para que ações assim não sejam naturais e rotineiras na sociedade, eis que rompem o tecido social e nos remete ao Estado de Barbárie o que não é permitido”, salienta.
A publicação lembra que “todos os animais têm o mesmo direito à vida” e que “todo o animal tem o direito a ser respeitado”.
“O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem”, prossegue.
O texto publicado pela Rede Proanimal Prudente ainda cita que o dono do cachorro não soltou o pitibull para avançar nos policiais militares que o perseguiam.
“Ocorre que o cachorro estava em seu doce lar e quando seu dono chegou foi ao seu encontro. Sequer avançou no policial ou deu sinais que o faria. Total despreparo, barbárie. QUEREMOS A RESPONSABILIZAÇÃO DOS ENVOLVIDOS”, conclui a publicação.
Em contato com o G1, a ativista Valéria Ribeiro, que é membro da Rede Proanimal Prudente, confirmou que o grupo endossa a publicação feita na tarde desta segunda-feira (20) em sua rede social.
Ela ainda explicou que a Rede “é um grupo de protetores que luta por políticas públicas e pelo ativismo do direito animal”.
Perseguição policial
Na manhã desta segunda-feira (20), a Polícia Militar perseguiu por ruas e avenidas de Presidente Prudente um motociclista, de 18 anos, que, durante a fuga, transitou na contramão pelas vias públicas por onde passou.
Os policiais seguiram o suspeito até a sua residência, no bairro Cecap.
De acordo com informações do Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, o rapaz, depois de entrar em sua casa com a moto, soltou seu cachorro da raça pitbull, que estava preso, e o cão veio na direção dos policiais, que atiraram e mataram o animal.
Ainda segundo o Boletim de Ocorrência, o tiro foi em legítima defesa, para evitar um possível ataque do animal.
Também de acordo com o registro policial, durante a perseguição, o condutor subiu em canteiros, transitou pela contramão e cruzou semáforos no sinal vermelho. A fuga começou quando o suspeito notou a presença de uma viatura policial.
Ao ser questionado, o motociclista alegou ter fugido por medo de ser multado, pois estava usando chinelos e a moto estava sem retrovisor.
A moto foi apreendida e o suspeito, depois de ser ouvido, foi liberado.
A ocorrência foi registrada na Delegacia Participativa da Polícia Civil como perigo para a vida ou saúde de outrem e trafegar em velocidade incompatível.
Polícia Militar
Em nota, a Polícia Militar do Estado de São Paulo informou que, em atendimento a uma ocorrência de desobediência a ordem de abordagem e direção perigosa, a equipe de policiais, ao conseguir alcançar o rapaz, quando já entrava com a motocicleta no quintal de sua residência, “foi atacada por um cão da raça ‘pitbull’ sendo necessária a utilização de arma de fogo para impedir o ataque do animal”.
A PM ainda reiterou que a ocorrência foi apresentada na Delegacia da Polícia Civil e que o local onde o cachorro morreu foi periciado “para a devida investigação”.
G1
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