Penitenciária de Dracena — Foto: Reprodução/TV Fronteira
A morte de Cabrioti é a primeira de um servidor do sistema prisional paulista com o novo coronavírus, segundo a Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP).
A pasta esclareceu que ele estava de férias em Maceió, quando passou mal. O agente estava internado desde o sábado (28) na Santa Casa de Dracena, de acordo com a SAP.
A Secretaria lamentou a morte de Aparecido Cabrioti, que trabalhou na Penitenciária de Dracena durante quase 15 anos, na região de Presidente Prudente, e informou que a direção da unidade prisional está cuidando dos trâmites necessários para o sepultamento e prestando apoio à família.
Casos no sistema prisional
Entre os funcionários dos sistema prisional, um agente penitenciário de Praia Grande, litoral paulista, está com a doença. Ele foi isolado e não tem contato com os demais presos.
A SAP não registrou nenhum caso da Covid-19 entre os mais de 200 mil presos do estado de São Paulo. Há relatos, no entanto, de casos suspeitos ainda não confirmados. Um grupo de presos de penitenciária em Bauru está isolado.
Medidas em presídios
Em março, o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Dias Toffoli, assinou uma série de recomendações para prevenir a propagação do novo coronavírus (Covid-19), entre elas, para que os magistrados observem “a máxima excepcionalidade” de novas ordens de prisão preventiva.
No estado de São Paulo, mais de 1.500 presos foram soltos temporariamente e em caráter extraordinário por risco de contraírem a Covid-19. Por determinação da Justiça, dessa vez, além dos presos do regime semiaberto, também foram libertados provisoriamente àqueles do sistema fechado.
A Justiça de São Paulo também proibiu por meio de uma decisão liminar (provisória) a visita a presos de todas as 176 unidades prisionais do estado de São Paulo. A decisão pretendia conter a proliferação do coronavírus entre agentes de segurança penitenciários, presos, visitantes e a população em geral.
A SAP havia proibido visitas de crianças, adolescentes e pessoas acima de 60 anos aos presos e determinado que cada um recebesse apenas um visitante por fim de semana. No entanto, a liminar atendeu a um pedido do Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo, que alegaram que a mera limitação das visitas não seria suficiente para evitar a disseminação do vírus.
Antes disso, pelo menos 1.379 presos fugiram de quatro unidades prisionais do estado de São Paulo durante rebeliões, em protesto contra outra decisão da Justiça em suspender a saída temporária de mais de 34 mil detentos para evitar risco de contágio pelo coronavírus.
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