Até o dia 4 de maio, o Estado havia sido notificado de 131.686 confirmações de dengue e 74 mortes no Estado, sendo respectivamente 15.199 (11,54%) na região de Presidente Prudente, com 15 óbitos (20,27%).
Os números informados ao G1 pelo Estado e pelos municípios têm diferença devido às notificações feitas à pasta estadual pelas Prefeituras.
As mortes estão distribuídas por oito cidades:
- 3 em Dracena
- 3 em Presidente Prudente
- 2 em Paulicéia
- 2 em Presidente Epitácio
- 2 em Presidente Venceslau
- 1 em Pirapozinho
- 1 em Rancharia
- 1 em Regente Feijó.
- Presidente Prudente (2.848)
- Rancharia (1.526)
- Dracena (1.177)
- Presidente Epitácio (936)
- Martinópolis (799)
- Tupi Paulista (655)
- Ouro Verde (652)
- Rosana (529)
- Pirapozinho (522)
Em contrapartida, há cidades com baixos índices. Os menores números de casos confirmados são:
- Caiabu (3)
- Ribeirão dos Índios (4)
- Anhumas (5)
- Emilianópolis (13)
- Santa Mercedes (15)
- Taciba (17)
- Irapuru (19)
- Marabá Paulista (19)
- Flora Rica (21)
- Indiana (23)
Conforme diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS), o trabalho de campo para combate ao mosquito Aedes aegypti compete primordialmente aos municípios.
“O enfrentamento ao Aedes é uma tarefa contínua e coletiva, fundamental para evitar focos do mosquito, uma vez que cerca de 80% dos criadouros estão em residências”, afirmou.
O Estado presta apoio técnico, coordena ações e capacitações e com diagnóstico, por meio do Instituto Adolfo Lutz.
Municípios
Cidade com o maior número de casos positivos, Presidente Prudente “tem feito um trabalho intensivo de recolhimento de possíveis criadouros da dengue em toda a cidade, com caminhões próprios e contratados”, conforme informou a Prefeitura ao G1.
Ainda de acordo com a administração municipal de Prudente, os órgão competentes também estão organizando um trabalho de nebulização ambiental em pontos mais críticos de proliferação da doença. Além disso, desenvolvem uma ação educativa em parceria com o Fundo Social, distribuindo sacos e panfletos informativos para que o cidadão possa recolher o lixo do quintal.
“A VEM [Vigilância Epidemiológica Municipal] volta a solicitar aos munícipes que aproveitem o período de distanciamento/isolamento social e limpem os quintais e eliminem todos os possíveis focos de proliferação do Aedes Aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya”, salientou ao G1.
Segundo a assessoria do município de Martinópolis os números de dengue mais atuais são do dia 5 de maio, quando eram 1.022 casos positivos para a doença e nenhuma morte. Além disso foi informado que a Prefeitura criou um comitê de enfrentamento composto por várias secretarias para combater a situação e, por meio de decisões desse comitê, as ações são decididas.
No momento a Prefeitura vem realizando nebulização com carros e máquinas costais. Já foram mais de 8 mil imóveis nebulizados. As visitas domiciliares feitas pelas agentes do município também têm sido uma medida preventiva, momento em que eles entram nos quintais avaliam possíveis criadores e orientam.
Outro trabalho realizado é a operação cata treco, que realiza constantes diligências em pontos da cidade que podem acumular água, como terrenos e matas. Nas áreas privadas é feita uma notificação ao dono, que pode receber penalidades e até multa. Já os públicos, a Prefeitura limpa.
Em Pirapozinho são 494 casos positivos no ano de 2020 e um óbito registrado em janeiro. De acordo com a assessoria do município, bloqueios estão sendo realizados contra criadouros, além de nebulizações em áreas críticas. Devido às visitações que aumentam no cemitério em razão do Dia das Mães, o local também foi nebulizado e submetido a arrastão. Além disso, há um caminhão que segue uma rota diária recolhendo recipientes que acumulam água nos bairros. Por fim, terrenos e imóveis que têm problemas de água parada têm sido notificados para a limpeza.
No último levantamento informado por Rancharia, a cidade tem 2.061 casos positivos de dengue e uma morte pela doença. Das ações realizadas, a assessoria destaca bloqueio de criadouros e nebulização ambiental realizada pela Sucen Regional de Presidente Prudente nas regiões mais críticas da cidade.
Em relação aos dados divergentes da Secretaria de Estado da Saúde, o município explicou que a doença é considerada epidemia e, por isso, os diagnósticos “não precisam mais de exame de sangue”. “Se o médico avalia os sintomas como dengue, ele já é contabilizado para o município; já o Estado considera só os casos de exame”, disse ao G1.
A cidade de Dracena teve três mortes pela dengue e 2.718 casos positivados. Segundo a assessoria, os agentes de vetores fazem visitas diárias nas casas, bloqueios e nebulização com atomizador costal. Já foram realizados três mutirões na cidade toda.
Ouro Verde não tem morte registrada, mas 672 casos tiveram resultados positivos. Para uma cidade com pouco mais de 8 mil habitantes, o número é considerado “assustador”.
Em Tupi Paulista foram intensificados os bloqueios de criadouros realizados de casa em casa. Para isso foram contratadas equipes de agentes temporários, além de ações de atividades educativas junto da população e a nebulização. A cidade tinha no último levantamento realizado no dia 22 de abril 580 casos confirmados e nenhuma morte.
Já em Presidente Epitácio são 946 positivos, segundo o município. Os agentes estão visitando as residências para eliminar criadouros e o Projeto Caçamba Solidária disponibiliza recipientes em pontos estratégicos de acordo com o resultado das visitas que os agentes fazem.
Em Rosana o trabalho de dengue realizado pela equipe de agentes de endemias é o bloqueio de criadouros, bem como a nebulização e o atendimento da sala de hidratação aos finais de semana e divulgação e orientações na página da Prefeitura na internet. São 546 casos positivos até o momento.
Em Presidente Venceslau são 473 casos de dengue. As ações são: orientações de casa em casa e realização de nebulização na cidade, além da frente de trabalho com limpezas de terrenos, escolas e casa abandonadas.
Regente Feijó teve uma morte pela doença em 2020 e tem 268 casos confirmados até o momento. Segundo a Secretaria de Saúde do município, as ações contra a proliferação do mosquito são informações por meio de redes sociais, vídeos educativos, orientações nas visitas dos agentes (que estão sendo feitas seguindo orientações do Ministério da Saúde, em relação Covid-19), intensificação do trabalho em territórios mais vulneráveis, trabalho nos pontos estratégicos e com a Vigilância Sanitária Municipal para notificação de casas com reincidência de problema e posterior aplicação de multas, bem como ações de bloqueio e nebulização.
Foi feito também um convênio com um laboratório particular para maior capacidade de realização de exames, com resultados que saem até às 14h do mesmo dia. Os casos são monitorados para evitar situação de agravamento. Ainda são realizadas reuniões frequentes com a equipe da atenção básica e com a equipe do hospital de referência no município para a discussão de casos e reestruturação das ações, quando necessário.
Por fim, Paulicéia informou que possui 426 casos positivos e dentro deles, duas mortes. Segundo a Prefeitura, estão sendo realizados bloqueios de vetores e pulverização pela cidade.
G1
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