A Polícia Civil de São Paulo cumpriu, nesta terça-feira (14), um mandado de busca e apreensão na casa de um adolescente de Sorocaba suspeito de gerenciar pelo menos uma conta em uma rede social sob a identidade de Jonathan Galindo – o “Homem Pateta”. O perfil, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é usado “para instigar crianças e adolescentes a cometer atos suicidas.”
Contas em redes sociais com o nome de Jonathan Galindo e usando fotos que se parecem o personagem ‘Pateta’, da Disney, são investigadas no Brasil desde que um alerta foi emitido pela policia civil de Santa Catarina. As contas que estariam assustando os menores com conteúdo de terror e mensagens que podem induzir ao suicídio surgiram em 2017, no México, mas já há diversas com posts em português.
De acordo com a SSP, o adolescente alvo da operação em Sorocaba confessou o envio de mensagens por pelo menos um dos perfis brasileiros. Ele teve o telefone celular apreendido e encaminhado para perícia.
A investigação segue agora para a Vara da Infância e Juventude. O menor poderá responder pelos atos infracionais de ameaça e instigação ao suicídio.
O “Homem Pateta” não é o primeiro a assustar pais e crianças na internet.
No ano passado, o assustador personagem Momo aparecia em vídeos infantis ensinando, passo a passo, como as crianças deveriam fazer para, literalmente, cortar os pulsos. Em fevereiro deste ano, vídeos de um “desafio” chamado "quebra-crânios" passaram a circular e também causaram preocupação entre pais e profissionais de saúde, já que a queda podia causar prejuízos graves à saúde dos jovens. Antes, em 2017, um jogo chamado Baleia Azul tinha desafios que levavam jovens ao suicídio.
A primeira recomendação de especialistas é um diálogo aberto e claro sobre os perigos da internet. "Temos que preparar nossas crianças e jovens para essa que já é uma realidade. Costumo dizer que deixar uma criança sozinha, sem supervisão e orientação na internet é o mesmo que abandoná-la em uma rua sozinha à noite”, diz a delegada Patrícia Zimmermann D'Ávila, coordenadora das Delegacias de Proteção à Criança, ao Adolescente, Mulher e ao Idoso (DPCAMI) de Santa Catarina.
Outra dica importante dada pela especialista é acolher e proteger os menores, para que eles não tenham medo de contar aos pais sobre o que se passa com eles - seja na vida virtual ou na vida real. O acompanhamento constante do que acontece com as crianças na internet – ainda que à revelia e sob reclamações – também é fundamental.
O Facebook, uma das redes sociais em que o "Homem Pateta" parece atuar, possui um portal para ajudar pais e mães a garantia uma navegação segura para seus filhos. Lá é possível encontrar dicas e a política de combate à violência virtual da empresa.
O YouTube oferece um canal só para os pequenos, o YouTube Kids. Da mesma forma, o Google também tem o Kindle, que funciona de maneira idêntica ao buscador, mas com filtragem de conteúdo impróprio para crianças. É possível, ainda, utilizar o filtro de pesquisa SafeSearch, disponível nas configurações do Google. Essas ferramentas também estão disponíveis no celular e, quando ativadas, minimizam as chances das crianças entrarem em contato com o conteúdo adulto.
A ONG Safernet, que atua no combate aos crimes virtuais, também possui um serviço de orientação sobre crimes e violações dos Direitos Humanos na internet. É possível pedir ajuda de forma anônima e fazer denúncias.
Revista Crescer
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