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domingo, 10 de janeiro de 2021

FAMILIARES E VIZINHOS SE MOBILIZAM POR INOCÊNCIA DE JOVEM PRESO POR ROUBO DE MOTO EM SP

 Preso há seis meses pelo crime de roubo, Joel Rodrigues do Nascimento Júnior, de 21 anos, já foi inclusive condenado em primeira instância a 5 anos e 4 meses de prisão. Para UOL, testemunhas alegam que o jovem apenas testemunhou dois ladrões abandonarem a moto em sua rua, na Zona Sul da capital paulista.

O jovem foi preso com base na versão apresentada por policial militar e no reconhecimento de Joel pelo dono da moto. No entanto, a defesa de Joel aponta que o reconhecimento dele foi ilegal.

Após ser detido pela polícia, moradores da rua em que o jovem reside se mobilizaram e escreveram dezenas de cartas para serem anexadas ao processo em defesa de Júnior, além de pedirem que outras testemunhas sejam ouvidas, as quais também presenciaram o crime.

Até o momento, apenas duas das cinco testemunhas arroladas pela defesa de Joel foram ouvidas pela juíza Maria Domitila Manssur, da 16ª Vara Criminal, no dia da audiência de instrução e julgamento de seu caso, em novembro do ano passado.

Tanto a Polícia Civil quanto o Ministério Público ouviram somente o depoimento do PM e das vítimas para prender Joel. Além disso, nenhuma prova contra o garoto foi produzida.

A reportagem do UOL leu as mais de 300 páginas do processo e conversou com nove testemunhas e parentes de Joel e o advogado da vítima. Segundo afirmam, na noite de 18 de junho, Joel saiu de casa para pedir um ferro de passar roupa emprestado para sua prima e vizinha, a recepcionista Juliana de Oliveira, 38.

Ao conversar sobre o exame, o casal avistou dois jovens empurrando uma moto Tenere, 250 cilindradas, a qual foi roubada de um casal. A dupla abandonou a moto em determinado local e fugiu.

Outro ponto que levanta suspeita é que no boletim de ocorrência, no inquérito e na denúncia oferecida pelo Ministério Público não constam o local e o horário do roubo.

Um dos vizinhos de Joel relatam ainda que o jovem o avisou para não tocar na moto, a qual estava parada na porta da sua casa, por ser produto de roubo.

“A moto estava parada e me atrapalhava a entrar com a minha moto. O Joel não encostou, nem sentou na moto, como o policial disse. Ele foi parado pela PM quando já descia para a casa dele.” Weverton Lima Gomes, vizinho de Joel.

Versão baseada em testemunho de PM

O polícia militar Salvatore Riccetti, de 40 anos, foi a principal testemunha do caso. Sua versão constam tanto no B.O. quanto no processo.

De acordo com seu relato, ele chegou à rua na qual estava a moto e avistou Joel estacionando a moto em que na sequência o jovem desceu a rua na direção contrária dos policiais. Ao ser abordado pelos PMs, o jovem teria dito que tinha ciência de que a moto era roubada, mas negou a autoria do crime.
Apesar disso, Joel foi preso em flagrante pelo policial que alega ter somente ele e o jovem na rua no momento da prisão. Esta afirmação é desmentida por algumas testemunhas ouvidas pelo UOL.

.“Eles jogaram a viatura em cima da gente e eu apertei a mão do Júnior [como a família chama Joel] e o PM gritou ‘encosta ladrãozinho sujo’. Eu falei que o Júnior não é ladrão e ele disse: ‘Cala a boca sua favelada barraqueira'”, disse Kauiny Pereira Nascimento, irmã de Joel.

No histórico do PM constam um ano de prisão pelo crime militar de desobedecer ordem superior. No processo, o MP pediu que o policial perdesse o cargo, mas o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo, por maioria

Outra prisão do PM ocorreu em 2013 por posse de armamento de uso restrito, no qual ele foi absolvido, conforme a Polícia Militar. Recentemente, Riccetti também respondeu a um processo e dois inquéritos por homicídios, ambos foram arquivados.

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