O corpo de uma pessoa que morreu em decorência da covid-19 ficou exposto, na manhã desta quinta-feira (1º), na porta de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) em Belo Horizonte. O Sindbel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte) denuncia que o fato, que ocorreu na UPA Pampulha, evidencia que não há mais espaço no necrotério da unidade.
De acordo com o sindicato, de ontem para hoje, cinco pessoas morreram vítimas da doença no local. Desde a última sexta-feira (26) as UPAs da capital registraram mais de 40 mortes de pessoas infectadas pelo coronavírus.O presidente do Sindbel, Israel Arimar denuncia que as unidades não têm estrutura para atender os pacientes graves e que os profissionais pedem ajuda. Segundo ele, médicos que atuam nas UPAs têm relatado que a demanda é alta e que o atendimento está precário.
Ele também diz que a situação mais dramática é justamente a da UPA Pampulha, onde um corpo ficou exposto nesta quinta e que os profissionais que trabalham no local afirmam que o cenário parece de "guerra".
A reportagem procurou a Prefeitura de Belo Horizonte para comentar o assunto e aguarda resposta.
Prioridade de atendimento
Com o aumento na incidência de casos de covid-19 em Belo Horizonte desde o início do ano, a prefeitura decidiu transformar as UPAs em unidades de atendimento quase exclusivas para pacientes com covid-19. Nove postos de saúde foram transformados em unidades 24 horas para receber pacientes com outros problemas. O objetivo é que, com isso, as Unidades de Pronto Atendimento fiquem por conta de receber pessoas com sintomas respiratórios.
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