A Polícia Civil ouviu três dos quatro estudantes universitários investigados por maus-tratos a um cachorro em Presidente Prudente (SP). O cão foi castrado de forma irregular no mês passado em uma república de estudantes.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Mateus Nagano, entre as pessoas ouvidas nesta semana está o dono da casa e proprietário do animal, que disse ter adotado o cão que vivia na rua. Ele também ressaltou que cuida de outros animais. "Ele falou que o cachorro estava bem agitado, destruindo móveis, avançando nas pessoas. A castração seria, justamente, para tentar deixar o animal mais calmo", relatou o delegado.O dono da casa também salientou que no dia da castração ia fazer um churrasco. Ele chamou os outros dois rapazes ouvidos. "Um instrumentalizou e o outro ajudou a colocar o cachorro na mesa", falou o delegado.
Nagano frisou que o universitário que fez o procedimento é a pessoa envolvida no caso que ainda não foi ouvida. "Eles disseram que fizeram toda assepsia dos materiais e que sabiam que lá [república] não era o local adequado, mas que agiram para acalmar o animal", contou Nagano.
O dono da casa filmou toda a cena. Nas imagens, é possível ver o animal antes e durante o procedimento e ouvir comentários que zombavam da situação.
"Esses rapazes foram indiciados no artigo 32 da lei ambiental [praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos]. O que nós pedimos é para que as pessoas deixem a polícia trabalhar. Não é para fazer justiça com as próprias mãos. Eles foram indiciados e vão responder nos termos da lei", explicou o delegado.
Nagano ressaltou que deve encerrar o caso ainda neste mês e enviar ao Poder Judiciário o resultado das investigações. "O Ministério Público recepcionando o inquérito pode denunciar os rapazes, que podem se processados nos termos da lei", finalizou o delegado.
O quarto envolvido não pode comparecer à Polícia Civil por estar com Covid-19 e em isolamento.
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