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domingo, 29 de agosto de 2021

INSTALAÇÃO DE DEFENSAS METÁLICAS PELA EIXO EM ESTRADA RURAL DE PARAPUÃ, CAUSA PROBLEMAS A MORADORES DO LOCAL

 A instalação de defensas metálicas na Estrada Municipal Prefeito José Morales Agudo (PRP-348), no bairro rural Itaúna, em Parapuã, tem causado problemas e prejuízos para produtores rurais e outros moradores do local. As barreiras estão impedindo o acesso à Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294). A Justiça já determinou a retirada das barreiras.

Segundo os moradores, as defensas metálicas foram instaladas pela Concessionária Eixo SP, que administra a rodovia. Todos os acessos à estrada municipal foram bloqueados na primeira quinzena de julho, logo quando a praça de pedágio começou a funcionar. A medida seria para evitar que os motoristas desviassem da cobrança.

O produtor rural Davi Gomes Pereira leva a produção para a feira de Tupã (SP), a cerca de 30 quilômetros de distância. "Pelos menos que fizessem uma saída. Eu saio daqui 4h, duas vezes por semana, quinta-feira e domingo. Para mim fica difícil. Tem que dar mais volta em estrada de chão e gasta mais".

Já a produtora rural Janaína Freitas Russo comenta que precisa levar o filho para acompanhamento médico em Osvaldo Cruz. Porém, ao invés de cortar caminho pelo acesso direto à rodovia, ela precisa percorrer uma estrada de terra que, conforme ela, está em cheia de problemas.

"Eu ia pela rodovia. Hoje eu consigo levar ele, mas estou tendo que levar andando por 14 quilômetros em estrada de terra, mas quando chove, fica intransitável, não tem como. Tem 40 anos que nós moramos aqui, sempre tivemos o nosso acesso. Eles simplesmente chegaram e bloquearam".

Outros moradores relatam as dificuldades enfrentadas diante da situação. "Nós estamos dispostos a pagar o pedágio, mas que eles liberem. Como que eu vou pagar o pedágio para ir para o meu serviço, sendo que eu não tenho acesso à rodovia?", questionou o comerciante José Newton Pereira da Silva.

"A gente se sente lesado porque a gente é honesto, trabalhador, mas simplesmente eles estão proibindo a gente de tudo. Como se a gente estivesse em cativeiro", lamentou a heveicultora Jucileia Camargo.

"Vou ter que dar uma volta de uns 30 quilômetros para chegar na roça e encarece a produção", falou o produtor rural Aparecido Ibanes Reins.

A Prefeitura de Parapuã entende que a concessionária Eixo SP agiu errado e está proibindo o livre trânsito dos moradores.

"No entendimento do município, eles estão ferindo um direito constitucional do cidadão de ir e vir porque eles fecharam uma via municipal, o município não faz parte do contrato com o Estado e está caracterizando esbulho possessório, eles estão impedindo que o município use um bem dele. Lá [bairro] existem produtores rurais que precisam escoar a produção. Tem a questão da saúde, às vezes alguém precisa de um socorro e está impedido o caminho e também a questão de quando voltar o transporte de alunos", explicou o advogado da Prefeitura, Flávio Aparecido Soato.

Nesta semana, o advogado entrou com uma liminar pedindo a reintegração de posse na Justiça, com a retirada dos bloqueios da vicinal e a Justiça foi favorável e determinou que a concessionária remova os bloqueios num prazo de 72 horas. Caso isso não seja feito, a Prefeitura está autorizada a retirar os obstáculos por meios próprios.

A Concessionária Eixo SP afirmou à TV Fronteira que não tem conhecimento da ação judicial e disse que vai adotar as medidas judiciais cabíveis, "oportunidade em que demonstrará os fatos e os direitos que norteiam os seus atos".

G1

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