Durante esta madrugada e manhã de quinta feira (26/08/2021), 21 policiais civis da região de Presidente Prudente, reunidos a partir da Delegacia Seccional de Polícia de Presidente Venceslau, com apoio de policiais civis de Ribeirão Pires-Demacro, cumprem 07 (sete) mandados de busca e apreensão na Grande São Paulo, em busca de pistas para desestruturar um grupo criminoso que atua através de aplicativos, engenharia social e conversas por aplicativo de celular, com objetivo de obter vantagem indevida de moradores da região que precisam de dinheiro emprestado.
Com o relato de vítima (auxiliar de enfermagem) de Ribeirão dos Índios, município de 2.224 habitantes, policiais civis iniciaram investigações a partir das páginas das redes sociais e descobriram que um grupo criminoso, situado a 650 quilômetros da residência da vítima tem aplicado golpes em pessoas de pequenas cidades da região de Presidente Prudente.
A maioria das vítimas necessita do empréstimo para alguma emergência e em vez de obter o suporte financeiro acabam pagando para liberação de burocracias criadas pelos criminosos, que fingem preparar documentos e pesquisas para liberação do financiamento.
Outra vítima do grupo e que experimento prejuízo na região é de Rosana-SP. Com o avança das investigações a polícia pretende recuperar valores para ressarcir o prejuízo.
As cautelares de busca e apreensão resultaram na apreensão de equipamentos eletrônicos utilizados nas fraudes, documentos que revelam a movimentação financeira (Buscas ainda em andamento).
Os investigados foram encaminhados para a Delegacia de Polícia de Ribeirão Pires e serão interrogados e indiciados.
A pena do crime de estelionato é de 1 a 5 anos de reclusão e o grupo também será responsabilizado pelo crime de integrar organização criminosa e lavagem de capitais.
Os correntistas que receberam o dinheiro ilícito serão indiciados por lavagem de capitais e por integrar associação criminosa.
Após a prática do crime investigado nesta Operação da Polícia Civil, a Lei Penal foi alterada com a entrada em vigor da Lei 14.155, de 27 de maio de 2021 e com a criação do crime de fraude eletrônica, o estelionato nestas hipóteses passa a ter pena de 4 a 8 anos.
A expansão da tecnologia e o confinamento decorrente da pandemia levou as pessoas a migrar muito mais intensamente para formas eletrônicas de se relacionar e, principalmente, grupos vulneráveis acabam sendo mais suscetíveis de serem enganadas pelos criminosos virtuais. O avanço tecnológico é essencial, mas o risco é potencializado para esses grupos vulneráveis, afirmou o delegado de polícia Everson Aparecido Contelli, que preside as investigações.
Apreendidos equipamentos eletrônicos utilizados pelos indiciados (em andamento).
O nome da operação Virtue remete a virtude que segunda o dicionário Aurélio é a Disposição firme e constante para a prática do bem.
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