Achado não é roubado. Quem é que nunca ouviu essa frase? Mas, o que você faria se estivesse em um supermercado e encontrasse R$ 1 mil?
A Sandra Maria Palopoli, moradora de Presidente Venceslau (SP), viveu exatamente essa situação recentemente. Porém, a vendedora de veículos deixou prevalecer aquilo que mais preza em sua vida: a honestidade e a empatia."No momento em que encontrei o dinheiro, senti como se fosse eu que o tivesse perdido. Acho que é o mínimo que a gente tem que fazer pelo próximo".
Ela passava suas compras no caixa quando um rapaz mostrou a ela o dinheiro, que estava no chão. A princípio, Sandra informou ao estabelecimento, pois pensou que poderia ser da própria empresa. No entanto, foi constatado que a quantia não pertencia ao supermercado.
"Fui até o escritório do supermercado para eles constatarem se era realmente do caixa. Eu falei para eles que se não fosse do caixa, ia querer o dinheiro para entregar ao dono, pois imaginei que a pessoa estaria desesperada por ter perdido essa quantia. Eles confirmaram que não era do caixa, eu peguei o dinheiro e postei nas redes sociais".
Depois da publicação nas redes sociais, as pessoas começaram a compartilhar a história. Foi quando uma pessoa entrou em contato com Sandra por telefone, informando que um senhor, que morava em um sítio, era quem havia perdido o dinheiro.
"Eu falei que ele teria que me falar como é que estava esse dinheiro para eu devolvê-lo e que depois solicitaria as imagens de segurança do supermercado para realmente confirmar se era dele", ressaltou Sandra.
A ligação para Sandra foi feita por um frentista de um posto de combustíveis, onde o idoso foi e se lamentou pela perda. Ele chegou a dizer que o seu Natal havia acabado, pois tinha perdido R$ 1 mil. O encontro para a devolução do dinheiro foi neste sábado (18), em Presidente Venceslau.
"Encontrei com ele e pedi para ele contar a história do dinheiro. Ai ele confirmou, dizendo que eram dez notas de R$ 100 e que as cédulas estavam juntas por um clipes. Eu falei que ele não precisava falar mais nada, pois sabia que o dinheiro era mesmo dele. Depois nós fomos ao supermercado e as imagens da câmera comprovaram. Foi possível ver que o próprio pé dele empurrou o dinheiro para dentro do suporte do caixa. Depois, eu devolvi para ele o dinheiro".
Em tempos tão difíceis, Sandra deixou prevalecer o cuidado com o próximo, e como dito por ela mesma, o espírito natalino.
"Em pleno fim de ano, uma crise, e a pessoa perdendo dinheiro. E a gente percebia que era de alguém bem humilde mesmo por estar com clipes, todo dobradinho. E foi isso, só isso. Não me pertencia, eu tinha que entregar para quem precisava, para quem era o dono. Ele ainda queria me dar R$ 100, mas eu não aceitei, jamais, era o mínimo que eu podia fazer pelo próximo, nada de extraordinário. O mais difícil foi procurar, o dono devolver foi fácil".
G1
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