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sábado, 12 de agosto de 2023

MAIS DE 2 MIL CRIANÇAS NÃO SÃO REGISTRADAS COM O NOME DO PAI NO ÚLTIMO ANO EM MS

 De acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), cerca de 2,7 mil crianças não foram registradas com o nome do pai na certidão de nascimento em Mato Grosso do Sul, só no último ano.

O número representa 6,6% de todas as crianças nascidas no estado entre agosto de 2022 e julho de 2023, quando foram registrados 40.863 nascimentos.

Para quem nunca teve a presença do pai, a "falta nunca fez falta", relata a publicitária Marcia Scherer. O pai dela não a registrou e até hoje, carrega apenas o nome das mães no documento.

"O único incômodo que eu tinha, era as perguntas das outras pessoas em relação a isso. Aí, ás vezes, eu falava 'ah meu pai morreu', 'meu pai viajou', para que as outras crianças não ficassem me perguntando. Depois, quando eu fiquei adolescente e já entendia, só falava 'eu não tenho pai'. Então isso foi muito tranquilo, porque fui trabalhando ao longo do tempo dentro da minha cabeça. Como nunca tive a presença, nunca sofri a ausência", disse.

Os anos se passaram e a publicitária teve 4 filhos, todos homens. Apenas um deles demonstrou vontade de ser pai, os outros 3 já deixaram claro que não pretendem dar mais netos para Márcia.

"Já tenho um neto, de um filho, os outros não querem ter filhos. Sempre digo para eles: se vocês não querem ter filhos, tenham o cuidado de não terem, porque filho é responsabilidade. O pai só existe se ele se faz presente. A presença dele depende exclusivamente da atitude do homem, do pai. Então, não quer ter filho, previna. Se tiver, seja presente", completou.

O vice-presidente da Arpen-MS, Lucas Zamperlini, explica que os pais que não registraram os filhos e se arrependem disso, podem fazer o reconhecimento tardio. Basta comparecer a um cartório com os documentos pessoais e, se o filho foi menor de 18 anos, acompanhado da anuência da mãe. Todo o processo é gratuito.

A mulher que desejar registrar o filho com o nome do pai da criança, mesmo que o homem não queira, pode fazer uma indicação do suposto pai.

"Ela vai até o cartório onde o filho foi registrado e faz a identificação com o máximo de indicação possível, com telefone celular, endereço", explicou.

Com essas informações, a justiça inicia um processo de investigação de paternidade.

"É um direito natural das pessoas de conhecer sua ancestralidade. Seja no momento do registro, ou posteriormente, a sociedade como um todo deve buscar esse direito para a criança", apontou Lucas.

G1

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