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segunda-feira, 25 de setembro de 2017

TRÊS MULHERES MORREM EM CURTUME ESMAGADAS POR PRENSA EM ANDRADINA.

Possível falha em equipamento será investigada pela polícia

Três mulheres morreram esmagadas na tarde desta segunda-feira (25) em um curtume de Andradina. Elas eram funcionárias e foram atingidas por uma prensa que serve para enxugamento de peles e couros, por volta de 14h.
Carla Cristina Pires Faria, 35 anos, Ângela Evangelista dos Santos, 44, e Thais Costa Martins, 29, foram removidas com a ajuda de uma empilhadeira. Com a chegada do resgate, os bombeiros constataram traumatismo e parada cardiorrespiratória. 
O Curtume Andradina fica no final da rua Paes Leme, perto da penitenciária do município, no bairro Pereira Jordão. Ângela trabalhava na empresa havia três anos; Carla, há dois; Thais ainda estava em período de experiência.
SECAGEM
A máquina onde ocorreu a tragédia faz a secagem do couro em duas peças. O equipamento, quando acionado, sobe uma delas para que as funcionárias possam trabalhar na outra, esticando o couro para a secagem. 
Para a prensa descer, deveria ser acionada novamente, mas baixou sozinha, esmagando as funcionárias. A máquina tem três metros de comprimento e dois de largura, pesando aproximadamente uma tonelada.
O encarregado de setor, José das Neves Chagas Filho, 48, estava em uma sala, quando ouviu os gritos. Foi ele que conduziu a empilhadeira que abriu a prensa e retirou as funcionárias. 
Todos os funcionários foram dispensados após o acidente. 
MANUTENÇÃO
A prensa passou por manutenção há cerca de um mês, mas seria desativada nas próximas semanas porque a fábrica adquiriu uma nova, o que permitirá ampliar a produção. O novo equipamento ainda não estava funcionando porque havia a necessidade da troca de um transformador, pois desligava sozinho.
ESCAPARAM DA MORTE
Duas funcionárias escaparam da morte. Uma delas deveria estar trabalhando com as colegas no momento do acidente, mas precisou sair temporariamente da sala; a outra foi remanejada para substituir um funcionário que faltou em outro setor.
NOTA OFICIAL
Em nota divulgada à imprensa, a direção do Curtume Andradina informou que "os detalhes sobre o ocorrido ainda são desconhecidos, mas reitera que está colaborando com as autoridades na apuração do caso". Além disso, iniciou processo interno para averiguar as causas do acidente.
"De profunda tristeza para com nossos pares, pois, em mais de 74 anos de funcionamento, nunca ocorreu um acidente desta natureza", lamenta. "Neste momento, a única e principal preocupação da empresa é prestar total apoio e assistência aos familiares das vítimas".
INVESTIGAÇÃO
O delegado Raoni Manuel Spetic da Selva, responsável pela investigação do caso, afirmou que as vítimas já haviam sido levadas para o pronto-socorro quando chegou ao curtume. "Verificamos o local e foi acionada a perícia", destacou. 
"Aconteceu algum problema (na máquina) e vamos apurar em inquérito policial", disse. Selva ouviu o proprietário da empresa e um funcionário, que é mecânico e cuida da manutenção da máquina, além de outro que sabe todos os procedimentos do equipamento. Chagas Filho, que auxiliou no resgate das três vítimas, também prestou depoimento.
SOBRANCELHA
Manoel Fernandes de Souza, 34, disse que conseguiu reconhecer Thais pela sobrancelha devido ao estado em que seu crânio ficou. E um lado apenas. "Estava difícil (de reconhecer)", afirmou. Eles estavam casados havia cerca de dez anos. Ela deixa uma filha de 6 anos. "Era uma pessoa honesta e esforçada", definiu.
Thais, segundo o marido, acordou tarde nesta segunda-feira para ir ao serviço e pediu para que ele a levasse ao curtume de moto, mas o veículo não funcionou. A moça, então, pediu um mototáxi, que não compareceu. "Foi um vizinho que a levou", conta. 
Ao meio-dia, Souza foi buscá-la para almoçar. Por causa dos atrasos do dia, a mãe não pôde levar a filha à escola e pediu ao marido para fazer isso. Depois, Thais foi trabalhar de bicicleta. Este foi o último contato dos dois. "Agora é pedir força a Deus e aos amigos para criar a minha filha."
FELIZ
O pedreiro Valdeci Rodrigues da Silva e Carla, casados há 20 anos, tiveram dois filhos: um de 13 e outro de 17 anos. "Vai ser difícil (viver sem a esposa). Ela tomava conta de mim", declarou. "Ela gostava muito do trabalho. Era a vida dela o serviço."
Silva disse que a esposa estava feliz nesta segunda-feira. "A gente planejava comprar umas coisas, agora, com os dois trabalhando. Arrumar a nossa casa", afirmou. A última conversa entre os dois foi sobre obras que planejavam fazer no imóvel.
FONTE: FOLHA DA REGIÃO.
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