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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

ATAQUE TERRORISTA NA SOMÁLIA COM MAIS DE 300 MORTOS.


Mogadício, capital da Somália, foi alvo de um ataque terrorista no sábado que deixou mais de 300 mortos. A falta de atendimento adequado às vítimas agrava a situação de um país cuja história é ligada à guerra, ao terrorismo do Al Shabab, à pirataria no Oceano Índico e à seca extrema que faz com que 6,7 milhões de pessoas, metade do país, precisem de ajuda humanitária urgente. Dessas, 275.000 crianças sofrem de desnutrição aguda severa, o estado mais perigoso, aquele que as coloca à beira da morte. A ONG Save the Children atende essas crianças e suas famílias em hospitais e em campos de refugiados. Se a situação não melhorar, o país enfrentará sua terceira declaração de estado de fome, após a de 1992 e a de 2011 que deixaram milhares de vítimas. Na foto, civis deixam área de atentado em Mogadíscio, a capital da Somália, em que aos menos 302 já morreram. Dezenas ainda buscam parentes desaparecidos após o ataque do sábado. Caos no atendimento dos feridos é só uma faceta das agruras em que o país está mergulhado, com a volta com força da pirataria, o terrorismo e seca e a fome aguda.


 Na Somália, 739.000 pessoas precisaram deixar obrigatoriamente seus lares em busca de alimento e passaram a viver em campos de refugiados como o de Hodo, norte da Somália. As famílias, em sua maioria mulheres e crianças, levantam as cabanas com o mínimo, com pedaços de tela e plásticos.


A pequena Fatuja foi internada no hospital de Garowe. Foi levada por sua avó (à direita, de lenço de quadrados vermelho e branco) ao ver que a menina desfalecia e não conseguia sustentar-se com as pernas. Sua avó precisou tomar conta de Fatuja e seus nove irmãos após sua filha e mãe das crianças morrer de fome.


 A seca matou 65% do gado da Somália, principalmente cabras e camelos, o que sentenciou à miséria a maior parte do país, de tradição nômade. Restam poucos animais nessa terra assolada pela desertificação


 Amena e seus dois filhos, de quatro anos e sete meses, sobrevivem em um campo de refugiados de Puntlandia, norte da Somália. O menor sofre de desnutrição e, momentos após a foto, foi levado ao hospital para receber tratamento nutricional. “Não tenho nada, minhas 50 cabras morreram e não há leite para as crianças”, conta Amena entre lágrimas.


 Na Somália a água é um bem primordial, mas em alguns lugares é preciso escavar poços de até 400 metros de profundidade para poder encontrá-la. Na imagem, uma mulher luta contra o vento no campo de refugiados de Hodo, norte do país


 Não há infância para as crianças de Somalia. A maioria não vão à escola porque as famílias não têm dinheiro para pagar a matrícula e porque a prioridade é a sobrevivência e conseguir alimentos e água. Na imagem, um grupo de crianças recolhe água de um poço no campo de deslocados de Hodo, no norte do país.


 A paisagem dos campos de refugiados da Somália é formada majoritariamente por mulheres e crianças. As famílias se separam: os homens caminham com o gado sobrevivente em busca de pastos e o resto fica nos campos sem nenhum tipo de recurso. A única prioridade é subsistir, salvar a vida.


 As mulheres mais velhas do país não se lembram de uma situação de seca igual, apesar de viverem duas declarações anteriores de fome, em 1992 e em 2011. Enquanto os homens se movem com o gado em busca de pastos, as mulheres e as crianças ficam nos campos de refugiados à espera da ajuda humanitária


Os rios na Somália estão secos por culpa da falta de precipitações há quatro anos e previsões que indicam que na próxima estação de chuvas, que começa em outubro, nada irá mudar. Por isso, a situação nutricional e de acesso à água potável pode deteriorar-se gravemente. De secas a cada 10 anos, o país passou a sofrê-las anualmente.


Fatima levou seu filho Hadid, de apenas cinco meses, ao hospital à beira da morte. Ela não tinha absolutamente nada para alimentá-lo. Na Somália, 275.000 crianças sofrem com desnutrição aguda severa por culpa da seca que arrasou a criação de gado e as escassas plantações. Hadid recebe tratamento nutricional em um hospital de Garowe, em Puntlandia, no norte do país.
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