Guilherme Nobre tinha o sonho de estudar na USP. O morador de Santos, no litoral de São Paulo, passou em medicina na principal universidade do país depois de ficar horas estudando dentro de um banheiro.
Segundo a matéria do G1, o jovem de 19 anos trabalhava como faxineiro para conseguir bancar a mensalidade do cursinho. Guilherme se preparou para o vestibular dentro do banheiro de um posto de gasolina.
“No terceiro ano do ensino médio eu já estava focado, então comecei a fazer cursinho. Foi bem corrido”, recorda sobre a rotina intensa de estudos.
A mãe de Guilherme Nobre é frentista, então ele ia direto para o posto e permanecia no banheiro. Mesmo com toda a determinação, o jovem não conseguiu atingir o objetivo no vestibular.
Eis que a professora Eliane Limonti ofereceu uma bolsa para Nobre. “Em troca, eu tinha que organizar as coisas, limpar as salas, passar um pano em tudo, trocar o lixo e lavar os banheiros. Eu dependia daquilo para alcançar meu sonho, então se tornaram coisas simples”.
Além do desafio de estudar e trabalhar duro, Guilherme precisou lidar com a perda da avó, vítima de um AVC.
A dificuldade serviu de combustível. No fim das contas, o futuro médico foi aprovado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e na própria USP.
Nada mal. “Senti como se tivesse ganhado na loteria”, comemorou. E o futuro? Guilherme, que pretende viajar para Amazônia e África, revelou que deseja fazer da profissão instrumento para melhorar a qualidade de vida de outras pessoas.
“Obviamente, por influência do meu pai, penso em ser neurocirurgião e quero ajudar as pessoas, principalmente quem não tem dinheiro, nem esperança”.
G1
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